quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Xarutada


Há pouquinho estava eu sentado a assistir ao jogo do Benfica em terras de Sua Magestade. Eu tenho esta mania de ver os jogos do meu clube. Estava descontraído, apesar dos golos não aparecerem. Estava bastante descontraído, até, e trocava sms´s com alguns amigos - tenho essa mania de trocar sms's com os amigos - acerca das incidências do match (fonix, do match?!? Ah pouseeeé!! Isto é britiche!). Hoje estava um pouco chato. Nem era pelo jogo em si mas faltava ali qualquer coisa que eu não conseguia perceber o que era mas sentia.

Aquele estádio tem uma vibração positiva semeada pelos Magriços de 66. O Eusébio então fez a baliza vibrar uma porrada de vezes... é isso, porrada! Porrada, o suminho do futebol. Então onde estava a porrada? Não aquela que alguns players do Benfas levaram no relvado, na disputa (puta) da bola mas a outra, a dos adeptos, a dos jogadores adversários ao intervalo? Senti saudades dos jogadores do Braga... perdão, do braga, daquele brilho de cólera nos olhos desses energúmenos atiçados pelos seus dirigentes e que tanto embelezam o nosso futebolzinho tuga. Senti falta de ver cadeiras a voar e de ouvir a claque cantar... contra o Benfica. Não há nenhuma claque a cantar contra o Benfica?! Que merda de jogo é este?!?... E que cantam aqueles galináceos na bancada?... Glorioso? Estão doidos? Vamos lá a dar o bom exemplo e trazer o perfume do nosso futebol ao Mundo? Nem hooligans sabem ser. Fico chateado com esta falta de pimenta num evento desportivo.

Ainda por cima o Benfica marcou, para ajudar à missa. Que raiva, os ingleses de Sua Magestade sentadinhos, coladinhos às cadeirinhas azuis (será por isso? A cor tira-lhes até a vontade de viver?) sem se mexerem... Eu até acho que alguns aplaudiram com desportivismo o golo do Benfica. Que nojentos!...

Até aí eu brincava até com os falhanços do Di Maria. A culpa, dizia eu aos meus amigos - tenho a mania de dizer coisas aos meus amigos quando tenho a mania de lhes mandar mensagens no momento em que estou a ter a mania de ver um jogo do clube que, de forma maníaca, tanto gosto - a culpa era do Jesus.

Di Maria tem o rosto de Jesus tatuado na perna esquerda. Não me parece bem ter o treinador tatuado na perna. Mas antes na perna. O problema foi quando o jogador abriu isolado para a baliza, a todo o gás. Sabendo-se como Jesus é agitado nestas coisas da bola, com os nervos a rebentar face à chance de marcar um golo, a tatuagem deve ter mordido a perna no momento do remate e... a bola saiu por cima...

Ou o pânico que seria se Jesus anunciasse a entrada de Eusébio. Os ingleses a fazerem chichi pelas pernas abaixo e um ou outro a libertar um pum involuntariamente. "Ai Jesus, Eusébio não!"... Eusébio. Eles respeitam-no. Respeitam o Benfica... Que maus princípios, onde já se viu?

Perdi rapidamente a vontade de brincar e estive mesmo alguns minutos a fazer zap pelos canais, à procura de programas maus, para desenjoar. Naaã, isto não é para mim. Eu quero mau futebol, maus jogadores, maus árbitros, maus relvados, mau público, maus comentadores... Ou recuso-me a ver futebol. Por hoje passa, mas só por hoje.

Amanhã vou a correr comprar a Bola, deito fora os cadernos respeitantes aos nossos rivais, desfaço-os em mil pedaços e, desta vez, vou rasgar os cantos das páginas do Benfica em sinal de revolta por tanto fair-play. Bem diz Jesus "fair-play é uma treta e coiso e tal" mas ninguém o ouve.

sábado, 31 de outubro de 2009

O GRITO DO "MANO"


Num momento de descontração, passeando despreocupado no Jardim do Cálem, o pensamento a pairar por aí e o olhar perdido na silhueta sedutora da distante praia do Cabedelo. A leve brisa desse fim de tarde perfumado pelo ar do rio... e pelo esgoto ali a poucos metros - o som harmonioso das aves que upa! upa! saltitam na areia molhada, exibindo-se com vaidade para os curiosos locais, os pestaninhas e os avecs qui vont passando porrr ali.

Este cenário é belo, esta paz é doce, esta leve música é extasiante...

...

De súbito... Ó MANO, ROUBARAM A CENA D'OLHAR!!!

É como uma faca que nos atravessa o crânio. É como implodir uma cidade inteira. Que voz horrível. Que vontade de esganar quem quebrou assim um estado de encantamento num momento tão difícil de se repetir.

Este regresso à realidade tem uma razão de ser. O "mano", um desses muitos seres do planeta Tassebem que nos últimos anos vieram habitar para o nosso mundo Lordelo do Ouro City e que soltara aquela mixórdia de palavras pela bocarra, apontava com o dedo para o recentemente construído Observatório de Aves, precisamente no Jardim do Cálem, onde tantas aves podem ser vistas... incluindo as de rapina.

A "cena d'olhar" deveria ser o monóculo desse mesmo observatório. Deveria ser mas não era porque já o tinham gamado. Chega a ser Arte a forma como se surripia qualquer objecto deixando a ideia de que esse objecto nunca esteve ali antes. Limpinho.

O "mano" vai desbobinando desta forma:

- Fuuuuuooooodasssss, estes caralhos roubam tudo, mano! Taba tão fixe aqui os "minóclos", num taba, mano?... Agora se eu quiser ber "Áfurada" num posso. Nem eu nem ninguém... Boute dizer uma coisa, era matá-los quando os bissafazer isto, mano, acredita... Filhos da puta!

Terminando desta forma lapidar o manifesto da sua indignação, tendo a mim como testemunha, o "mano" vira costas e segue noutra direcção.

Não sei se confundi com os sons ali à volta mas julgo ter ainda ouvido o fulano a resmungar:

- Filhadaputa do Nando foi bender os minóclos e nom me disse nada só pra não me dar metade. Bou fodê-lo!

Mas posso ter feito confusão. Ainda assim esta bela terrinha de que tanto me orgulho é um lugar de terríveis mistérios, coisinhas estranhas capazes de inquietar o coração mais frio. Coisas que só os manos" sabem explicar.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MST defende Maitê... como se esperava.


MST defende Maitê... coitadinha da Maitê!

E lá veio o MST (assim dá ares de coisa importante) defender a Maitêzinha, coitadinha, que apenas esteve brrrincando, e atacar ferozmente os seus compatriotas aos quais apelidou de provincianos e saloios e perguntando ainda: há algum português que vá ao Brasil e não goze?...
Pá, ó Miguel... eu não preciso de ir ao Brasil gozar seja com quem for porque te tenho aqui bem pertinho. Para que vou eu gozar com os brasileiros quando posso gozar alguém que está mesmo aqui ao lado, à mãozinha de semear?... Haaaaã?... Diz lá... Pois claro que não há necessidade disso! E, olha a coincidencia das coincidencias, quem é que é saloio e provinciano, quem é?... Exactamente! Tu... Muito bem, o menino hoje está a responder correctamente às perguntinhas. No fim vai ter direito a um chupa-chupa... Que foi?!... Oh, então, o menino amuou?... Que reacção tão provinciana e saloia da sua parte, menino MST! Não esperava isto de si...
Para castigo já não há chupa-chupa para ninguém. Nem sequer para a Maitê.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Não havia tema mais quente para este regresso do venenoso Xaruto do que a burrada (de burra, mesmo) com que a loiríssima Maitê Proença nos brindou recentemente, usando uma série de afirmações insultuosas a respeito da nação lusa. Está tudo disponível no "tu tubo" e não vale a pena perder tempo a escrever sobre isso. Um breve esclarecimento, porém, se impõe no que diz respeito à substancia alva e viscosa que ela, a custo, saliente-se, cuspiu nos Jerónimos. A imagem aqui publicada, cedida pelo Departamento de Averiguações de Substancias Estranhas Presentes em Reportagens Televisivas, talvez ajude a esclarecer a natureza da tal viscosidade que pende lentamente da bocarra contorcida da actriz.
Palpites, meus senhores...

Maitê Proença... loura burrrrrrrrra!